segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Plinio Sampaio

Recebi de um colega mineiro uma crítica ao que escrevi do octagenário Plinio Sampaio.   


Digo que tenho duas tias octagenárias e em plana atividade.  Conheço três monarquistas, sendo um nonagenário, em atividade e que mantenho contato regularmante.   Todas essas pessoas souberam a hora de parare iniciar outras dentro da realidade dessa idade da qual pretendo até ultrapassar. Iniciar a 'sucessão',  preparar o legado,  trabalhar em conselhos eméritos, deixar sua marca de existência.


No Judiciário e na Igreja há aposentadoria compulsória aos 75 anos. Muitos desses aposentados são eméritos conselheiros e com vida social intensa, muitos com vasta produção e fazendo coisas que nunca antes o tinham feito.


Um presidente, especialmente no sistema republicano presidencialista, deve oferecer garantia de terminar o mandato, disposição para trabalhos no território-continente, grandes obras e de longo prazo.. Somos ainda um país jovem e ainda falta construir tudo.  Toda estrutura atual esta sucateada.  Quem mora nas grandes cidades sabe disso.  Falta novos aeroportos, estradas, usinas de todo os tipos..  falta Internet, tecnologia,  novos materiais, etc.. enfim,  o presidente deve trabalhar atendendo 'forças ocultas', diria Jânio Quadros, com muita energia, expectativa de 8 anos no poder e uma visão futurista desse país que estamos construindo.  Infelizmente não estamos moldando, pois isso foi feito nos anos 80 e 90.  Como disse FHC,  após 16 anos de 'estabilidade democrática, com duas reeleições"  agora estamos amadurecidos. 

Tive um velho professor de direito, emérito, e conversa muito com ele fora da aula.  Ele dizia, em 1999, que o PT era um dos grupos de uma nova forma de poder e que esse partido na presidência seria o sintoma que tudo estaria concluído.  Como numa construção de prédio, podemos dizer que  'obra' estaria pronta e então bastaria fazer os 'andares superiores'.  O que mudaria seria divisórias, pisos e tubulações, a gosto do cliente.  Os pilares, a material prima e o espaço seriam definidos pela construtora e uma fez feito isso, não haveria mais espaço para 'revoluções internas'.   Então ele acrescentou que, na época achei muito rádical e até bizzaro,  o jeito seria destruir tudo e refazer os alicerces e pilares.  Isso é mudança.   Também lembrou que: eles mataram para chegar ao poder, por lógica somente vão sair matando (Ficha da Dilma, Pimental, Celso Daniel, PCC, Farcs, MST...).  Acho que ele era adepto da UND, onde ouvi pela primeira vez nos útimos anos a palavra RUPTURA.    Mudança e ordem somente começando tudo do zero.  Recentemente, ainda que particial,  tivemos mudanças estruturais na Revolução de 1964, Governo Civil 1985, Democracia 1989.



Sabemos que Plinio Sampaio é candidato apenas para fortalecer o partido, deixar o legado político e fazer oposição permitida pela esqueda.   Provavelmente será o grupo com melhor resultado, proporcional a estrutura partidária, nas eleições 2010.       


Elegendo doutores em gestão pública, comunicadores de massa, despachantes de cartéis e outros candidatos do aparelhamento estatal, estamos deixando de eleger os estadistas, idealistas e homens que gostam da política pela política.  Isso é um problema maior do que a Lei dos Partidos Político, é uma questão cultural e que em boas condições levaria alguma gerações para melhorar.   Observando a atua geração de brasileiros, a tendência é piorar e, se houver a busca por melhoria, será via 'gestores' públicos e mais burocratas.





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