terça-feira, 29 de setembro de 2020

Movimentos monárquicos no Brasil

 Publicado pelo Pró Monarquia em 15/01/2018 sobre o "movimento nacional" ou "centralização".

O Instituto Brasil Imperial é cultural e cívico, não é movimento monárquico mas é composto em sua maioria por monarquistas, que atuam nos Círculos, Juventude e Frentes. O IBI auxilia de forma independente e voluntária o Pró Monarquia, reconhecendo essa entidade como a orientadora dos ideais monárquicos.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Pró Monarquia julga oportuno emitir a presente nota, para esclarecimento dos incontáveis participantes ativos, amigos e simpatizantes do movimento monárquico, os quais se vão multiplicando e conformam uma ampla rede de entidades autônomas congregadas pelo mesmo ideal que, sob diversas denominações – Círculos Monárquicos, Frentes Monárquicas, núcleos de Juventude Monárquica etc. – atuam de Norte a Sul, em todos os estados brasileiros, com vistas à restauração da Monarquia em nossa Pátria.
Segundo algumas mensagens veiculadas nos últimos dias em redes sociais da internet, um grupo de monarquistas pretende articular a constituição de uma entidade que chamaria a si a liderança nacional do movimento monárquico e a coordenação das iniciativas monarquistas em todo o País.
Em princípio, pareceria simpática e fecunda a ideia, pois coordenar esforços dispersos sempre se afigura conveniente para um movimento amplo e diversificado, como é o movimento monárquico brasileiro. No entanto, com pesar cumpro o dever de informar que a referida iniciativa não conta com a aprovação do Príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança – não obstante este, de bom grado, reconhecer o idealismo e o espírito de iniciativa dos que a propõem, e sem embargo também de algumas postagens referirem como dela fazendo parte ativa um sobrinho seu.
O Chefe da Casa Imperial do Brasil sempre viu com bons olhos a ampla liberdade com que, nos mais diversos pontos de nosso território há décadas atuam as múltiplas entidades monarquistas. Sem dúvida, a Pró Monarquia já exerce há quase 30 anos, por delegação do Príncipe D. Luiz, a função de aglutinar e coordenar esses esforços disseminados, sem entretanto pretender dirigi-los de modo centralizador, o que não corresponderia nem à índole nem à conveniência da nossa Causa.
Entende D. Luiz que a grande força do movimento monárquico está na autonomia, no espírito de iniciativa e no dinamismo de suas bases, mas unidas e coesas em torno daquilo que realmente é essencial, ou seja, a fidelidade ao princípio da Legitimidade Monárquica – indissociável do verdadeiro monarquista – e a observância de princípios fundamentais de caráter genérico, expressos nas conhecidas "Propostas Básicas" e compartilhados por todos.
Qualquer tentativa de centralização artificial tiraria aos diversos grupos suas características regionais de abordagem diferenciada, bem como a sua criatividade e a liberdade de ação dentro da lei e da ordem. O próprio dinamismo do nosso movimento ficaria, assim, comprometido. Transformar-nos-íamos em mais uma arregimentação de tipo político – precisamente quando nosso público, lúcido e inteligente, se dá conta de que estão mais do que nunca desprestigiadas as agremiações políticas brasileiras.
Já no passado, desde os tempos do plebiscito de 1993, ocorreram outras tentativas de implantar sem o apoio do Chefe da Casa Imperial uma direção centralizadora do movimento monarquista, e sempre foram mal sucedidas. D. Luiz deseja que não se incorra novamente no mesmo erro. Por isso, apela para o idealismo de todos os monarquistas brasileiros no sentido de por amor ao Brasil prosseguirmos juntos nossa patriotica atuação, como até agora vimos procedendo com êxito, graças ao bom Deus e a sua Santíssima Mãe.
São Paulo, 15 de janeiro de 2018
José Guilherme Beccari
Presidente
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