terça-feira, 29 de setembro de 2020

A Monarquia é uma planta de direita

 Publicação da Pró Monarquia em 18/09/2020, confirmando: A Monarquia é de direita.

“NON POSSUMUS”
O Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1921 até o seu falecimento em 1981, era franco, leal e coerente. Delicadíssimo no trato com todas as pessoas, era incapaz de ofender a quem quer que fosse. Mas, em matéria de princípios, era inflexível. Suas convicções anticomunistas, nunca teve medo de afirmá-las em público, sem jactância, mas com ufania, mesmo nos últimos anos de sua vida, quando passou a ser “politicamente incorreto” ser de direita; sempre o foi e nunca escondeu.
E isso não se chocava, em sua visão, com a imparcialidade política própria de um Soberano ou mesmo de um Chefe de Casa, que, julgava, não precisa esconder as ideias que tem, pois a imparcialidade política que deve manter não lhe pede tanto. Respondendo, a 28 de abril de 1964, a um correspondente que lhe recomendara a tática de se aproximar das esquerdas, para assim tornar a causa monárquica mais popular, escreveu Sua Alteza:
“Certo número de intelectuais europeus se esforçam para salvar de uma completa debilitação o princípio monárquico, transplantando-o da direita para a área ideológica da esquerda. Há transplantações dessas que geram monstros. Dá-se isto, por exemplo, com o bulbo da tulipa, quando se tenta fazê-lo germinar em terras tropicais. A Monarquia é uma planta de direita. Ela tem hoje, como ontem, como terá amanhã, todos os elementos para vicejar com o melhor de sua fecundidade, em frutos de ordem e flores de cultura. O que a torna estéril no momento são os ventos, carregados de exalações pútridas, do neopaganismo. Não a traslademos para os arenais esquerdistas, onde esses ventos sopram com intensidade desenfreada, e, pior ainda, onde se encontram as próprias cavernas de onde eles emanam.
“Formulo, pois, ao preclaro amigo um apelo formal para que, em lugar de aplicar seu talento e sua bela cultura em excogitar medidas tendentes a transplantar para a esquerda o princípio que represento, lute para fazê-lo florescer no terreno em que estou, e em que meu filho Luiz tem o mais firme propósito de continuar.
“Qualquer sugestão concebida dentro deste panorama ideológico só pode ser acolhida por mim com apreço, simpatia e acurada atenção, máxime quando vinda do senhor. Se destoar destes princípios, só posso, seja a quem for, responder com as mesmas palavras tristonhas, mas categóricas do grande Pio IX – hóspede, em Gaeta, de meus antepassados da Família Real de Nápoles – aos que lhe propunham transformar revolucionariamente a Santa Igreja de Deus: ‘Non possumus’.”
– Baseado em trecho do livro “Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança”, escrito pelo Professor Doutor Armando Alexandre dos Santos.

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