quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O FUTURO QUE ESPERO VER INICIAR


Jean Tamazato*

Em 1995, Bill Gates publicou o livro "A Estrada do Futuro", onde afirmava que, em um futuro breve, haveria mais computadores do que aparelhos de televisão e que nossas compras seriam feitas com base nas palavras pesquisadas em buscadores. Na época, eu não acreditava nisso, especialmente quando ele mencionou que seria uma realidade para todos os países. Ao longo desses quase 30 anos, a maioria das previsões de Gates foi aceita e confirmada.

Pessoas ligadas a esse tema têm falado que o futuro da energia está na Lua, através do hélio-3. Uma pequena porção do tamanho de um ovo de galinha seria suficiente para produzir energia para abastecer uma cidade como São Paulo. Isso poderia ser a solução para o problema energético, permitindo-nos operar grandes máquinas e naves espaciais, como vemos em filmes de ficção científica como "Jornada nas Estrelas". A instalação de bases na Lua e em Marte já está prevista, e, quando isso acontecer, teremos acesso a uma energia ilimitada e à mineração de minérios raros.

Recentemente, Sérgio Sacani comentou sobre a possibilidade de levar material bruto para a Lua, onde um robô autônomo, controlado por um operador na Terra através de realidade virtual, poderia trabalhar para reproduzir mais comuns, gerando um efeito progressivo e impressionante. Esses assuntos eram difíceis de abordar, mas a energia quase ilimitada e de baixo custo proporcionada pelo hélio-3 pode tornar isso possível, permitindo que, em 20 ou 30 anos, tenhamos cargueiros interplanetários.

Acredito que a mudança se dará quando começarmos a ver sinais desse novo mundo, ou seja, inovações vindas literalmente do espaço. Alguns economistas preveem que essa nova economia será de quatrilhões, transformando a nossa realidade econômica. Hoje, em 2024, já vivemos uma desmaterialização das coisas, como com o Pix e as moedas digitais. O novo "DREX", uma moeda digital governamental, promete um controle sem precedentes. Com um custo fixo para produzir grandes quantias, ele permitirá uma flexibilidade que jamais vimos na história.

             Além disso, a desmaterialização das coisas será impulsionada pela realidade demográfica. O mercado imobiliário, por exemplo, não pode subir se não houver pessoas para ocupá-lo. Já estamos vendo isso em países da Europa e até nos Estados Unidos, que, apesar de crescer, também enfrentam desvalorização. Culturalmente, os casais estão envelhecendo e tendo apenas um ou dois filhos, e muitos optam por ficar solteiros. 

A mecanização, a robótica e a inteligência artificial massificarão produtos, transformando-os em commodities no mercado internacional. No Brasil, especialmente entre os parlamentares da direita, vejo discussões que, apesar de fazerem sentido, carecem de uma visão sobre essa mudança iminente. 

Recentemente, o apresentador Ratinho, um produtor de gado de corte, decidiu sair do negócio ao perceber a dificuldade em definir preços diante do monopólio da Friboi. Também assisti a uma entrevista em que Sérgio Sacani mencionou que o presidente Lula, conhecido por seu orgulho no pré-sal, também pode querer explorar novas reservas de petróleo na Amazônia e no Nordeste. Caso contrário, se seguir as diretrizes do IBAMA, a gasolina pode atingir preços exorbitantes, especialmente com o declínio das reservas do pré-sal em 2027.

Há elementos imprevisíveis que não conseguimos antecipar, assim como não previmos o impacto das redes sociais e dos celulares em 2012. Hoje, em 2024, temos empresas como Mercado Livre e Amazon, que entregam produtos em poucas horas após a compra.

Por exemplo, para cultivar 2 hectares de café, eram necessários 20 empregados fixos e 90 durante a colheita, enquanto para a mesma área de soja, basta a família e uma máquina agrícola compartilhada. Isso fará com que a maioria das pessoas opte pela soja e outros cereais, relegando o café a áreas montanhosas e, talvez em 2030, a um produto reservado à elite econômica.

Se refletirmos sobre esses exemplos e observarmos os jovens ao nosso redor, podemos nos sentir pessimistas quanto ao futuro. No entanto, acredito que a mudança virá, seja pela tecnologia, pela ação dos governos ou por outros fatores. Aqueles que não se adaptarem, não tiverem conhecimentos em informática, um segundo ou terceiro idioma, e mobilidade, poderão ser considerados "aposentados" pelo sistema.

  

  GATES, Bill. A Estrada do Futuro. 1. ed. Nova York: Viking Penguin, 1995.

  NASA. Helium-3 on the Moon. Disponível em: https://www.nasa.gov  Acesso em: 16 out. 2024.

  BANCO CENTRAL DO BRASIL. Pix. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pix. Acesso em: 16 out. 2024.

  INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Projeções da População. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9076-projecao-da-populacao.html. Acesso em: 16 out. 2024.

  INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). As novas configurações familiares. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=15003. Acesso em: 16 out. 2024.


Artigo publicado em http://tamazato.blogspot.com

 

terça-feira, 9 de abril de 2024

Reflexões sobre valores e princípios do Instituto Brasil Imperial

São Paulo, 10 de abril de 2024
202º Ano da Independência do Brasil e 29º Ano do Instituto Brasil Imperial
Prezados(as), saudações imperiais.
Gostaria de compartilhar com vocês nossos valores e princípios no Instituto Brasil Imperial, os quais defendemos com firmeza e dedicação.
No Instituto Brasil Imperial (IBI), reiteramos nosso apoio ao Estado de direito, democrático e laico. Defendemos enfaticamente a separação entre estado e religião, mas consideramos saudável e enriquecedor haver espaço institucional para diversos grupos religiosos, promovendo assim a diversidade e o respeito mútuo. Quanto ao estado de direito e à democracia, reconhecemos que ainda há um longo caminho a percorrer e manifestamos o nosso reconhecimento aos poderes públicos e seus representantes, eleitos legitimamente e conforme as leis vigentes.
Refletindo sobre nosso planeta Terra, reconhecemos humildemente que sua criação permanece como um mistério inexplicável para o homem. No entanto, depositamos nossa confiança no avanço contínuo da ciência, que nos auxilia a aprimorar nossas teorias e compreensão sobre ela. Essa confiança na ciência embasa o nosso apoio às vacinas, reconhecendo sua grande importância na proteção da saúde pública e no combate a doenças.
É importante ressaltar que o IBI é uma associação cultural independente, democrática e sem fins lucrativos. Defendemos o parlamentarismo monárquico, baseado nos valores das Constituições de 1824 e 1988, visando uma sociedade guiada pela Democracia Coroada .
Embora não mantenhamos vínculos institucionais, endossamos os ideais da União Europeia, inclusive apoiando a OTAN e a Ucrânia, bem como os princípios da União das Nações. Convidamos a todos a se unirem a nós nessa jornada de defesa dos valores que acreditamos, buscando sempre um mundo mais justo e equilibrado para todos.
Finalmente, gostaria de compartilhar uma reflexão inspiradora atribuída ao Primeiro-Ministro do Reino Unido, Sir Winston Churchill: "A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que foram experimentadas." Essa frase ressalta a importância da democracia, mesmo reconhecendo suas falhas, como o sistema mais eficaz e justo que a humanidade já conheceu. Democracia foi coroada durante nosso glorioso Brasil Império.
Contamos com o apoio e engajamento de todos vocês nessa jornada.
Com os melhores cumprimentos,
Jean Tamazato
Presidente
Nota: peço que compartilhem e marquem amigos nos comentários.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

A Monarquia é uma planta de direita

 Publicação da Pró Monarquia em 18/09/2020, confirmando: A Monarquia é de direita.

“NON POSSUMUS”
O Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1921 até o seu falecimento em 1981, era franco, leal e coerente. Delicadíssimo no trato com todas as pessoas, era incapaz de ofender a quem quer que fosse. Mas, em matéria de princípios, era inflexível. Suas convicções anticomunistas, nunca teve medo de afirmá-las em público, sem jactância, mas com ufania, mesmo nos últimos anos de sua vida, quando passou a ser “politicamente incorreto” ser de direita; sempre o foi e nunca escondeu.
E isso não se chocava, em sua visão, com a imparcialidade política própria de um Soberano ou mesmo de um Chefe de Casa, que, julgava, não precisa esconder as ideias que tem, pois a imparcialidade política que deve manter não lhe pede tanto. Respondendo, a 28 de abril de 1964, a um correspondente que lhe recomendara a tática de se aproximar das esquerdas, para assim tornar a causa monárquica mais popular, escreveu Sua Alteza:
“Certo número de intelectuais europeus se esforçam para salvar de uma completa debilitação o princípio monárquico, transplantando-o da direita para a área ideológica da esquerda. Há transplantações dessas que geram monstros. Dá-se isto, por exemplo, com o bulbo da tulipa, quando se tenta fazê-lo germinar em terras tropicais. A Monarquia é uma planta de direita. Ela tem hoje, como ontem, como terá amanhã, todos os elementos para vicejar com o melhor de sua fecundidade, em frutos de ordem e flores de cultura. O que a torna estéril no momento são os ventos, carregados de exalações pútridas, do neopaganismo. Não a traslademos para os arenais esquerdistas, onde esses ventos sopram com intensidade desenfreada, e, pior ainda, onde se encontram as próprias cavernas de onde eles emanam.
“Formulo, pois, ao preclaro amigo um apelo formal para que, em lugar de aplicar seu talento e sua bela cultura em excogitar medidas tendentes a transplantar para a esquerda o princípio que represento, lute para fazê-lo florescer no terreno em que estou, e em que meu filho Luiz tem o mais firme propósito de continuar.
“Qualquer sugestão concebida dentro deste panorama ideológico só pode ser acolhida por mim com apreço, simpatia e acurada atenção, máxime quando vinda do senhor. Se destoar destes princípios, só posso, seja a quem for, responder com as mesmas palavras tristonhas, mas categóricas do grande Pio IX – hóspede, em Gaeta, de meus antepassados da Família Real de Nápoles – aos que lhe propunham transformar revolucionariamente a Santa Igreja de Deus: ‘Non possumus’.”
– Baseado em trecho do livro “Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança”, escrito pelo Professor Doutor Armando Alexandre dos Santos.

Movimentos monárquicos no Brasil

 Publicado pelo Pró Monarquia em 15/01/2018 sobre o "movimento nacional" ou "centralização".

O Instituto Brasil Imperial é cultural e cívico, não é movimento monárquico mas é composto em sua maioria por monarquistas, que atuam nos Círculos, Juventude e Frentes. O IBI auxilia de forma independente e voluntária o Pró Monarquia, reconhecendo essa entidade como a orientadora dos ideais monárquicos.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Pró Monarquia julga oportuno emitir a presente nota, para esclarecimento dos incontáveis participantes ativos, amigos e simpatizantes do movimento monárquico, os quais se vão multiplicando e conformam uma ampla rede de entidades autônomas congregadas pelo mesmo ideal que, sob diversas denominações – Círculos Monárquicos, Frentes Monárquicas, núcleos de Juventude Monárquica etc. – atuam de Norte a Sul, em todos os estados brasileiros, com vistas à restauração da Monarquia em nossa Pátria.
Segundo algumas mensagens veiculadas nos últimos dias em redes sociais da internet, um grupo de monarquistas pretende articular a constituição de uma entidade que chamaria a si a liderança nacional do movimento monárquico e a coordenação das iniciativas monarquistas em todo o País.
Em princípio, pareceria simpática e fecunda a ideia, pois coordenar esforços dispersos sempre se afigura conveniente para um movimento amplo e diversificado, como é o movimento monárquico brasileiro. No entanto, com pesar cumpro o dever de informar que a referida iniciativa não conta com a aprovação do Príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança – não obstante este, de bom grado, reconhecer o idealismo e o espírito de iniciativa dos que a propõem, e sem embargo também de algumas postagens referirem como dela fazendo parte ativa um sobrinho seu.
O Chefe da Casa Imperial do Brasil sempre viu com bons olhos a ampla liberdade com que, nos mais diversos pontos de nosso território há décadas atuam as múltiplas entidades monarquistas. Sem dúvida, a Pró Monarquia já exerce há quase 30 anos, por delegação do Príncipe D. Luiz, a função de aglutinar e coordenar esses esforços disseminados, sem entretanto pretender dirigi-los de modo centralizador, o que não corresponderia nem à índole nem à conveniência da nossa Causa.
Entende D. Luiz que a grande força do movimento monárquico está na autonomia, no espírito de iniciativa e no dinamismo de suas bases, mas unidas e coesas em torno daquilo que realmente é essencial, ou seja, a fidelidade ao princípio da Legitimidade Monárquica – indissociável do verdadeiro monarquista – e a observância de princípios fundamentais de caráter genérico, expressos nas conhecidas "Propostas Básicas" e compartilhados por todos.
Qualquer tentativa de centralização artificial tiraria aos diversos grupos suas características regionais de abordagem diferenciada, bem como a sua criatividade e a liberdade de ação dentro da lei e da ordem. O próprio dinamismo do nosso movimento ficaria, assim, comprometido. Transformar-nos-íamos em mais uma arregimentação de tipo político – precisamente quando nosso público, lúcido e inteligente, se dá conta de que estão mais do que nunca desprestigiadas as agremiações políticas brasileiras.
Já no passado, desde os tempos do plebiscito de 1993, ocorreram outras tentativas de implantar sem o apoio do Chefe da Casa Imperial uma direção centralizadora do movimento monarquista, e sempre foram mal sucedidas. D. Luiz deseja que não se incorra novamente no mesmo erro. Por isso, apela para o idealismo de todos os monarquistas brasileiros no sentido de por amor ao Brasil prosseguirmos juntos nossa patriotica atuação, como até agora vimos procedendo com êxito, graças ao bom Deus e a sua Santíssima Mãe.
São Paulo, 15 de janeiro de 2018
José Guilherme Beccari
Presidente
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Impressos da Monarquia




Prezados(as) Monarquistas,



Iniciamos uma pequena campanha de difusão de impressos sobre a monarquia.  

O botão de pagamento do PagSeguro é de R$ 6,00 referente as despesas de postagem básica (carta simples sem registro) e limitada a faixa de peso correspondente a tarifa postal. 



Nesse pagamento enviaremos
10 boletins Herdeiros do Porvir (sortido) ou
5 Cartilhas da Monarquia

A postagem é agendada e feita uma vez por mês.


Não é donativo ou venda, o valor é apenas para reembolso de despesas postais, material de escritório.

Seu nome será encaminhado ao Pró Monarquia que lhe enviara a edição atual do boletim Herdeiros do Porvir, convites e proposta para sua filiação como colaborador.

Monarquia21 é um grupo de amigos que, de forma voluntária, colabora com a Pró Monarquia, entidade que auxilia o Secretariado da Casa Imperial do Brasil.


Importante: o botão foi colocado no final da mensagem, por favor, esteja ciente do texto acima.



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domingo, 12 de maio de 2019

Agronegócio é a solução, apesar da má fé de alguns poucos




Helio Brambilla
Paz no Campo

       A julgar pelos eventos agropecuários deste primeiro quadrimestre de 2019, o agronegócio vai de vento em popa. O Show Rural de Cascavel (PR), atingiu recorde absoluto tanto de público quanto de negócios, o mesmo tendo ocorrido em Não-Me-Toque (RS), Ribeirão Preto (SP), o maior da América Latina em volume de negócios.
As agrishows são feiras exclusivas de tecnologia agrícola. Já as exposições agropecuárias, como Londrina e Maringá (PR), Uberaba (MG) com a Expozebu, Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e outras do gênero são feiras mistas, grandes leilões de gado, shows musicais, torneios hípicos, rodeios, enfim, entretenimento para a população. Essas também se têm transcorrido com muito êxito.
O Presidente da República, acompanhado de alguns de seus ministros vêm visitando algumas delas como a de Ribeirão Preto, na qual reiterou a promessa de campanha de autorizar licença para posse de arma nas propriedades rurais a fim de prevenir o esbulho possessório dos chamados “movimentos sociais”, que de sociais não têm nada, pelo contrário, agem como terroristas.
É fato que as fazendas têm sido ultimamente alvo de verdadeiros saques de quadrilhas armadas até os dentes para roubar máquinas e equipamentos, produtos agropecuários, insumos para lavouras e defensivos agrícolas.
A gritaria da esquerda foi grande, e os meios de comunicação se encarregaram de fazer ecoar a zoeira com os ruídos característicos de um estrondo publicitário contra as armas de defesa pessoal e do patrimônio. Até um jornal grande colocou um estagiário para escrever sobre o assunto citando ilustres desconhecidos opinando sobre o tema.
Sobre os assaltos, vale para o campo a mesma lei para o comércio e para as residências urbanas: a lei da legítima defesa. No caso de invasão de propriedade o Código Civil autoriza o desforço privado imediato, que pode ser executado pelo proprietário, por seus parentes, vizinhos e amigos.

       O grande jurista baiano, professor Orlando Gomes, definiu taxativamente que o “desforço pode chegar ao uso de armas se o seu emprego for indispensável à manutenção ou à restituição da posse.” (Diário de Montes Claros, 8 e 15 de janeiro de 1986.)
       No mesmo sentido, o professor Silvio Rodrigues, de São Paulo, assim se pronunciou em seu parecer: “Se para assegurar ou recuperar a posse, o possuidor tiver que usar armas, inclusive de fogo, ser-lhe-á lícito a elas recorrer” (Id. ib.).
O Prof. Orlando Gomes assim se justificou: “Uma agressão injusta consistente, por exemplo, na ocupação de terras por um bando obstinado, ocorre em circunstâncias que não permitem o chamamento à força policial. Para ação imediata, até porque a demora em acudir o esbulho cria o problema da expulsão dos esbulhadores.
“Nesta hipótese, e em outras semelhantes, o possuidor (ou seus prepostos) podem agir de pronto por sua própria força e autoridade, sem ser obrigados a chamar a polícia e ficar esperando sua ação.
“Quando, porém, lhe pareça mais oportuno apelar para a autoridade policial, e logo verifique a inutilidade do apelo, lícito é que pratique, ele próprio, o desforço, expulsando os esbulhadores, contanto que não seja largo o intervalo entre a ação e a reação, a ofensa e a defesa” (Idem ib.).
Os especialistas ressaltam que a reação deve ser proporcional; se forem duas ou três famílias desprovidas de armas, ou mesmo um bando de ciganos que para armar um acampamento adentram na propriedade rompendo cercas, não se pode usar contra eles um canhão "Gross Bertha"...
Exageros? Por certo os haverá! Para tudo neste mundo é necessário equilíbrio. Mas a zoeira antigoverno continuou em razão de o presidente ter acenado para um eventual decreto das chamadas “excludentes de ilicitude”, presentes no Código Penal que, ao defender o seu patrimônio ou a sua vida, o cidadão de bem poderá entrar nas excludentes de ilicitude.
Ou seja, o cidadão responde pelo seu ato, mas não recebe punição! É exatamente como se deve proceder para que os bandidos que desrespeitam a Lei passem a temer o cidadão de bem. Temos escrito em várias ocasiões, mesmo antes das eleições de 2018, que de nada adianta liberar o porte e a posse de armas se o produtor, ao se defender, atingir o meliante, pois ipso facto seria preso por homicídio, em caso óbito, ou tentativa de homicídio, em caso de ferimento.
Um jornal, desses que circulam em bancas de revistas, chegou a denunciar o projeto como sendo um incentivo à criação de milícias rurais, chegando a afirmar que o governo já é condescendente com as milícias urbanas. Ademais, o discurso do Presidente Bolsonaro teria alarmado religiosos que acompanham (sic) os conflitos de terra, chegando a citar a freira americana Jean Anne Bellini, coordenadora da CPT, que foi amiga da missionária Doroty Stang.
Tal freira teria declarado não saber se o Presidente percebe as consequências dessas declarações irresponsáveis que insuflam a violência. Os ânimos estão exaltados, e um pronunciamento desses só piora as coisas. Já havia muitos fazendeiros que pensavam assim, mas eles tinham o pudor de dizer. Agora perderam o pudor.
Pudor!? – Não se trata de pudor. O que eles sentiam na verdade era o temor de ser perseguidos em nome dos “direitos humanos”, que no mais das vezes protegem os bandidos em detrimento das pessoas de bem, o temor de represálias institucionais como a negação de financiamentos para a lavoura, além de outras retaliações.
Mas a zoeira mão parou aí. Ela em ocorrendo também em razão do ensaio de dois senadores, Marcio Bittar e Flávio Bolsonaro, em atualizar o 4º artigo do Código Florestal, que trata das áreas de reservas legais, que na Amazônia chega a 80% da propriedade, diminuindo para 35% no cerrado, e para 20% nos demais biomas.
Os dois parlamentares mostraram que o montante de recursos naturais nessas áreas de reserva atinge U$ 23 trilhões de dólares, sendo U$ 15 trilhões em recursos minerais e energéticos e U$ 8 trilhões na biodiversidade.    Luís Fernando Guedes Pinto, do Imaflora, taxa a medida de radical, mas com argumento muito frágil, de ser possível que uma canetada nessa lei provoque o maior desmatamento do planeta, comprometendo uma área maior que a Alemanha.  
Acontece que esses ambientalistas radicais se esquecem ou fingem desconhecer de que só na Amazônia Legal, o Brasil preserva um território maior do que toda a Índia, e que em todo o país é preservado mais do que o território dos 28 países da União Europeia somados. (Cfr. Tons de Verde, de Evaristo Eduardo Miranda). Preserva e produz! O Brasil caminha a passos largos para se tornar o maior produtor e exportador mundial de produtos agropecuários.
Depois vêm os ataques aos assim chamados subsídios. Em primeiro lugar, trataremos do subsídio ao diesel. Como diz muito bem o grande especialista em combustíveis e transportes no Brasil o Dr. Adriano Pires, que assim resume: “o problema não é do posto, mas do imposto”. A Petrobras sempre foi estatal e, portanto, monopolista e mal administrada, sobretudo nos 13 anos do governo do PT, com seu patrimônio dilapidado pela roubalheira, mas cobrando preços altos para ir tapando os rombos que fazia em seu caixa.
Outro tema é a falência da União, Estados e Municípios que querem cobrir seus déficits arrochando os impostos dos combustíveis, a tal ponto que em vários estados chegam a ultrapassar os 50% do preço final do produto. Aí vem essa lenga-lenga de subsídio. Solução? – Abaixar impostos. Isso fará bem a todos:  caminhoneiros, produtores rurais, indústria e os próprios consumidores, ao Brasil.

       Depois vem o tal subsídio para a irrigação noturna no campo. As usinas hidrelétricas costumam fazer a manutenção de suas turbinas durante à noite, em decorrência de o consumo baixar consideravelmente. Para algumas que atendem aos produtores, a geração noturna torna-se quase de custo zero.
Nas propriedades agrícolas, grande parte do consumo se dá entre 18 às seis horas da manhã, uma vez que entram no mesmo esquema da ociosidade das turbinas. Na verdade, o governo precisa ter mais comunicação para refutar essas objeções para o cidadão urbano, que não tem ideia desses pormenores.
Também os ditos subsídios dos financiamentos do Banco do Brasil para o custeio de safra não ultrapassam o percentual que o governo paga aos poupadores e alguns investimentos. Para um leigo na matéria poderia transferir esses recursos diretamente ao produtor que pagasse a bagatela dos juros que rendem a poupança.
Com pouco mais de quatro meses de governo, só no Paraná e Mato Grosso do Sul são 144 propriedades invadidas por índios, ou pessoas travestidas de índios; e no Oeste do Paraná por caboclinhos e índios, na sua grande maioria vindos do Paraguai... É urgente a desocupação dessas terras.
A safra conheceu alguns percalços pela falta de chuva durante a granação da soja e do milho, o que causou até 30% de quebra na produção do Paraná e no Mato Grosso do Sul. Portanto não teremos uma safra recorde, mas, assim mesmo, será a segunda maior da história do país.
As exportações devem superar novamente a marca dos U$ 100 milhões! Parabéns, produtor rural! Que a Divina Providência e Nossa Senhora Aparecida continuem a proteger os produtores e a pátria brasileira, para que nunca se torne uma Venezuela ou uma Cuba.


Nota do blog:  Hélio Brambilla é jornalista e coordenador do movimento Paz no Campo  www.paznocampo.org.br